25.1.09

Tinta acrílica, caneta e colagem
Fragmentos do conto O Rouxinol e a Rosa de Oscar Wilde. "Ai, como a felicidade depende de pequenas coisas. Já li tudo que escreveram os homens sábios. Conheço todos os segredos da filosofia, mas por falta de uma rosa vermelha, minha vida está desgraçada. - Aí está um verdadeiro amante, disse o rouxinol. Se quizer uma rosa - disse a roseira - você terá de construí-la de música ao luar. Terá de cantar para mim com o peito de encontro a um espinho. Terá de cantar para mim a noite inteira, e o espinho terá de furar seu coração, e o sangue que o mantém vivo, terá de correr para minhas veias, transformando-se em meu sangue. Seja um amante fiel e verdadeiro, pois o amor é mais sábio que a filosofia. Todo mundo sabe que as artes são egoístas. O amor tocou-lhe o coração e agora ele canta o amor que não morre no túmulo."

17.1.09

fragmentos 2 Nanquim e caneta
Esta ilustra faz parte de uma série que deve se chamar "fragmentos de diálogos" ou algo similar menos chato que isso. A cada jantar, reunião de amigos, conversa de bar, caminhadas pela cidade, anoto algumas frases que as pessoas estão falando, anoto aleatóriamente, assuntos paralelos que vão ganhando novos sentidos na medida que são lidos linearmente. Na verdade isso não é um exercício poético, é visual. As palavras compõem estéticamente o desenho criado na hora ou posteriormente e servem também para alongar o pescoço depois de horas trabalhando na frente do computador. Experimente ler, é bom para o pescoço.